A NECESSIDADE AGUÇA O ENGENHO... Os anos da Grande Depressão foram tempos difíceis. Desempregado, Ole Christiansen fundou em 1930 uma pequena carpintaria, dedicando-se à construção de tábuas de passar roupa, prateleiras e outros objectos de uso quotidiano. Nos poucos tempos livres, com as sobras de madeira e a sua imaginação, criava brinquedos para os seus filhos. LEGO - QUE PALAVRA ESTRANHA... Estes brinquedos tiveram tanto sucesso que Christiansen decidiu apostar neste sector. Desejando criar uma marca para os seus produtos, escolheu a combinação das palavras "leg godt" que em dinamarquês significa "brincar bem". Curiosamente, em latim, a expressão "lego" pode ser interpretada como "eu aprendo". Ora, o que podia ser mais adequado? Foi assim que em 1934 surgiu a marca LEGO, longe ainda dos famosos blocos de plástico coloridos que todos conhecemos. MAS, AFINAL, COMO SURGIRAM OS "LEGOS"? Em 1954, após uma visita a uma feira de brinquedos internacional, Christiansen ouviu queixas de vários compradores acerca da inexistência de um brinquedo "universal", que agradasse a várias faixas etárias. Christiansen não perdeu tempo e pensou no sistema básico de tijolos de madeira, que a fábrica já produzia desde 1949. Porque não desenvolve-lo? Para o efeito, recorreu a um tipo de plástico recentemente inventado, chamado ABS (Acrilonitrilo-Butadino-Styreno), que permite cores mais fortes e é de fácil moldagem. O produto foi lançado no mercado em 1955, com o nome LEGO System of Play. Agora as crianças podiam brincar e, ao mesmo tempo, desenvolver a sua imaginação e criatividade, utilizando as peças encaixáveis para formar casas, veículos, naves espaciais, figuras de animais, pessoas, enfim, um sem numero de possibilidades só limitado pela imaginação. E o resto é história, como se costuma dizer... A LEGO nunca deixou de acompanhar os tempos, e ainda hoje, os seus produtos conseguem apelar a vários tipos de público, influenciando campos tão distintos como a robótica, a arte e até mesmo a religião.